sábado, 21 de agosto de 2010

Competências e saberes necessários para que o professor integre sua prática com a tecnologia e as mídias


A utilização das TIC’s e mídias integradas ao trabalho pedagógico é atualmente um desafio que o professor acostumado a práticas tradicionais tem pela frente, visto que tudo que é novo assusta e dá medo. Portanto, é necessário que este professor que trás sua prática alicerçada nos moldes tradicionais, dê lugar a um novo professor, utilizando novas propostas de trabalho, conhecendo e aprendendo a utilizar as tecnologias e mídias, suas especificidades, (...) “incorporando-as aos objetivos didáticos (...) de acordo com as necessidades.” (Maria Elizabette Brisola Brito Prado). Para tanto, deve estar disposto a desconstruir saberes antigos e reconstruir outros, assim como aproveitar ao máximo seu potencial, o potencial de seus alunos e o potencial das mídias e tecnologias no seu universo de trabalho, com o objetivo de serem usadas como ferramentas no auxílio para a construção do conhecimento.



Ao mesmo tempo, o professor diante dessa nova realidade, deve colocar-se como “aprendente” e “ensinante” do processo, ser investigador por excelência e acima de tudo estar preocupado com seus alunos para que adquiram novas aprendizagens e estas sejam significativas para os mesmos. Não é fácil quebrar paradigmas e introduzir novos conceitos que atendam às necessidades do seu grupo de trabalho e uma das formas possíveis de articular os novos conhecimentos com as tecnologias e mídias é a utilização de projetos. A escolha do projeto a ser desenvolvido deve partir da necessidade e interesse da clientela que se está trabalhando, levando-se em consideração a realidade da mesma, as questões que sejam relevantes para serem desenvolvidas e que também atendam as necessidades da comunidade escolar.



O texto de Maria Elizabette Brisola Brito Prado enfatiza o cuidado que o professor deve ter quando da escolha de projetos a serem aplicados com seus alunos. O que pode ser interessante e instigador para uma classe, pode não representar nem significar importância para uma outra classe, o que deve ser bem analisado, pensado e refletido por todos. O importante é pensar juntos, definindo objetivos, estratégias, metas a alcançar e qual o direcionamento que se deve ter para alcançar êxito na execução de um projeto, que ainda pode-se correr o risco de não obter sucesso. E quando isso ocorrer, é redirecionar as metas, rever o que não foi positivo e refazer os caminhos, pensando sempre na flexibilidade, plasticidade e abertura ao imprevisível., como cita Maria Elizabette Brisola Brito Prado em seu texto “Integração de mídias e a reconstrução da prática pedagógica”



A construção do conhecimento utilizando tecnologia e mídias pode ser de grande valia quando se estabelece objetivos claros, metas que possam ser cumpridas e acima de tudo avaliações contínuas ao longo do desenvolvimento do projeto em questão. Daí, a necessidade do professor estar em constante busca, através de grupos de estudos que venham a deixá-lo em constante aprendizado dentro do universo das tecnologias que tendem a se modificar numa velocidade muito rápida. Os cursos de formação continuada atuarão como um suporte para a atualização do professor, favorecendo o conhecimento das especificidades dos recursos midiáticos e incorporando-os aos objetivos definidos em seu plano de trabalho, contextualizando com a realidade do grupo, bem como fazendo pontes com outras áreas do saber, ou seja, buscando a interdisciplinaridade, e assim, mobilizando conhecimentos e relacionando conceitos com as distintas áreas do saber.



Concluindo, as tecnologias são um excelente recurso a ser integrado à prática do professor. Este deve atuar numa perspectiva de respeitar o ritmo de trabalho de seus alunos, valorizando as conquistas e incentivando-os nos insucessos a seguirem em frente e não desistirem, buscando um novo direcionamento, tendo sempre em mente que o que vai fazer do projeto e das tecnologias serem bons ou ruins é o uso que se fará dos mesmos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A escola do século XXI

O sucesso pode ser fruto da educação



"A escola do século XXI só terá sentido se ela assumir também a missão de ensinar ao aluno como aplicar o que aprendeu para ser "uma metamorfose ambulante", um ser produtivo em permanente desenvolvimento e útil à sociedade, mas também para construir sua própria individualidade e obter felicidade, realização pessoal e sucesso. Essa escola deve ser bem mais ampla do que o limitado espaço das quatro paredes de um edifício escolar tradicional, onde, até o presente, pouco se tem ensinado para que a pessoa mude efetivamente sua mentalidade e suas atitudes para ter uma vida melhor. Isso só é possível se a pessoa educa-se para formar uma visão de fé em si mesmo, de coragem para a ação e de persistência na busca de seus objetivos.



A escola deste milênio deve preparar para a vida e ser formadora de vencedores, ou seja, de homens e mulheres com princípios éticos e forjadores de uma mentalidade de sucesso, princípios que realmente funcionem."

Fonte:

MOTTA, Elias de Oliveira.Direito Educacional e Educação no século XXI.. Brasília: UNESCO, 1997.



Fragmento de texto extraído de:

 http://www.educareaprender.com.br/Ensino_artigos.aspRegSel=17&Pagina=1#materia

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Internet é um lugar de autoria ou de plágio?



        Vivenciamos momentos críticos de transição em nossa sociedade, em que as mudanças de paradigmas são bastante evidentes e ao mesmo tempo preocupantes. Estamos “ainda” tentando sair do extremo da “educação tradicional”, para tentar atingir um ponto de equilíbrio. Porém, o que vivenciamos em nossa prática é que estamos caminhando rumo a outro extremo que é o de uma “educação neoliberal”, onde muito se é permitido e quase nada pode ser cobrado, especialmente em se tratando de educação, gerando assim, um desconforto principalmente para os professores que ficam amarrados sem saber sair de certas situações, pois são exigidos pelos órgãos públicos para manter “falsos” índices de crescimento na qualidade da educação brasileira para atingirmos um patamar de países considerados desenvolvidos. E onde encontraremos o tão esperado equilíbrio para que possamos compartilhar com os nossos alunos uma educação de qualidade? Será que estamos caminhando rumo a uma educação que dê importância devida a quem de direito? Nossas escolas estão equipadas para oferecer melhores condições para seus alunos estarem inseridos neste mundo virtual? A comunidade escolar, a população em geral está consciente de como deve se comportar diante de seus deveres e de como exercer os seus direitos? A atual conjuntura é realmente preocupante, tendo em vista que quanto mais informação e tecnologia é disponibilizada atualmente, tanto mais vemos nossos alunos saindo das nossas escolas sem uma visão crítica do mundo, sem saberem se comportar como cidadãos para se resolverem na vida.

        A inversão de valores se torna cada vez mais evidente na sociedade como um todo, porém, como educadores precisamos repensar nossa prática e contribuir para que tenhamos a oportunidade de conhecer a fundo o manancial que as TIC’s oferecem para termos a possibilidade de auxiliar nossos alunos a caminhar com destino a uma educação consciente, voltada para uma construção coletiva, objetivando com isso proporcionar aos mesmos serem eles próprios os autores principais, e não coadjuvantes na construção de seu conhecimento, onde nós professores devemos nos colocar como co-autores deste mesmo processo.

        Seremos sem dúvida atores importantes, eu diria até “indispensáveis”, na medida em que soubermos lidar com as referidas transformações aceleradas pelas quais passamos, filtrando as informações que nos são trazidas através da internet e dos meios de comunicação e informação, para assim, mediarmos o processo de aprendizagem de nossos alunos, portanto, sendo colaboradores de sua construção e tendo a internet como uma aliada. Para tanto, devemos sedimentar este conhecimento que é novo para uma grande maioria de educadores e buscar novas oportunidades de aprendizado, estar abertos para o novo e principalmente não estagnar, pois assim não acompanharemos jamais os nossos alunos, que estão muito à frente de nós. Quem somos nós, qual é a nossa identidade?

        A partir destas reflexões e constatações, vejamos a posição que a Internet deve ocupar dentro deste mesmo contexto apresentado anteriormente.

        Sem dúvida alguma, que o lugar da Internet é um lugar de autoria. É neste ambiente virtual que o professor, que deve ser “pesquisador” em sua essência, pode incentivar seus alunos a produzirem, trazendo à tona alguns valores quase perdidos, pela falta de uma identidade que urge ser resgatada. O universo de possibilidades que são disponibilizadas sobre todos os temas na Internet, podem e devem ser explorados pelo professor, fazendo com que o aluno perceba a importância que o uso consciente, honesto e crítico da internet oferece ao seu crescimento individual e coletivo. Mas, antes de qualquer coisa, acredito que o professor necessita ter esta consciência, também ser um agente transformador, ser um agente de mudanças, ser autor de seu próprio conhecimento para, assim, ter credibilidade perante seus alunos e incentivá-los a serem esses autores também. O professor é um exemplo a ser seguido, é um formador de opinião. Então, o que dizer de alguns profissionais da educação e fora dela, quando tem que fazer um trabalho de finalização de curso e saem ansiosos varrendo a internet e copiam trabalhos já produzidos por outras pessoas? Ou pagam para outras pessoas fazerem seus trabalham? Somos espelho, onde nossos alunos querem se enxergar quase que “à nossa imagem e semelhança“, portanto sejamos exemplo de honestidade, idoneidade, profissionalismo.

        Pedro Demo nos remete a um reflexão interessante quando escreve que “as novas tecnologias (...) nos conduzem mais do que as conduzimos”. Neste contexto, é imprescindível que estejamos estudando sempre, identificando dentro do universo virtual o que é útil e o que não é, para não passarmos por meros instrumentos de transmissão de conhecimentos, e possamos levar às salas de aula, tecnologias que possam ser criadas e re-criadas por nós e nossos alunos, estabelecendo um ambiente de cooperação, divertimento e aprendizagem. Daí a importância de não nos afastarmos em momento algum, de desenvolvermos em nós habilidades que ele chama de “habilidades do século XXI”, sendo algumas delas a “fluência tecnológica”, as “multi-alfabetizações”, “entrar no jogo como sujeitos, e não como objetos”, a “capacidade de questionar”, se “auto-questionar”, entre outras.

        Realmente estamos vivendo a era das novas tecnologias e muitas outras ”novas tecnologias irão surgir; é o progresso que nos conduz e quem teimar em não acompanhar o progresso, será inevitavelmente arrastado por ele.

        Um outro ponto que gostaria de destacar do texto é o papel do docente, quando Pedro Demo coloca muito bem que “Importante será reconhecer que não podem faltar no professor as habilidades do século XXI, se quiser formar as crianças para o século XXI”. Assim sendo, cabe a nós professores, ou melhor, educadores do século XXI, nos voltarmos para esta realidade e trilharmos novos caminhos tendo uma visão dilatada, enxergando novos horizontes a serem descobertos, para que possamos ser estes agentes de transformação, tendo a Internet como nossa grande aliada.

domingo, 15 de agosto de 2010

A escola do século XXI e a inclusão das TIC's

É importante este movimento acerca da inclusão das TIC's no ambiente pedagógico, facilitando a reflexão de nossa prática e fomentando o desejo de atualizações.